sábado, 2 de junho de 2012

QUARTO DE UM ADOLESCENTE COM COBOGÓS

Jogando, estudando ou trabalhando, jovens passam horas diante do computador e precisam de uma bancada ergonômica. “A altura ideal fica entre 75 e 80 cm”, ensina Carla. O modo mais eficiente de ocupar a área abaixo da janela era usando um móvel sob medida. Com 1,88 x 0,50 m, ele é feito de MDF 6 mm no padrão Arenato Bianco Ártico e saiu por R$ 400 na RLC Móveis (material incluso). O modelo? Duas pranchas sobrepostas, com um prático vão de 12 cm. Papéis e material de estudo têm lugar em quatro nichos, que medem individualmente 42 x 12 cm – cestas de fibra sintética e caixas organizadoras com tampa cumprem a função de gavetas para as miudezas. Ao lado do notebook, a TV de LCD, com 21,5 polegadas, posiciona-se diante da cama. Para pendurar os skates na parede vazada, foram utilizados ganchos para quadros com tiras adesivas, que sustentam até 2,30 kg cada um.
 
Comuns em casas e apartamentos brasileiros dos anos 1940 e 1950, os elementos vazados reaparecem aqui, em um painel muito original. “Os cobogós, em geral usados para controlar a ventilação, conferiram textura à parede e criaram um interessante jogo de luz e sombra”, avalia o autor da solução. Neste projeto, foram usadas peças de cimento AD 53 (19 x 10 x 19 cm, com 3,65 kg cada, da Facital), apoiadas contra a parede original e sobre uma base de alvenaria (com 75 cm de altura e 10 cm de profundidade). Antes de reproduzir esta ideia, consulte um engenheiro calculista para saber se a estrutura de seu imóvel aguenta o peso extra. Segundo o engenheiro paulista Roberto Massaru Watanabe, se for um apartamento, essa carga tende a ser excessiva – mas você pode reduzir umas quatro fiadas de cobogós, não levando-os até o teto. A fixação dos blocos pede argamassa comum e juntas de 1 cm. Depois de seco o painel, deve-se passar seladora nos blocos (ela diminui a porosidade das peças, reduzindo o consumo de tinta) e, então, pintar toda a superfície (fundo e cobogós) com trincha.
 
Quando há visita para dormir, a cadeira é dobrada e pendurada na parede (1). Assim sobra lugar para um leito extra, no chão, ao lado da cama – só não é possível abrir a porta. Posicionada sob a janela, a bancada de estudo e trabalho (2) recebe iluminação natural durante o dia. 

Sem cabeceira, a cama do tipo box não desperdiça um centímetro sequer. O modelo eleito é daqueles que contam com um prático baú na base – puxadores facilitam o acesso. Lá dentro, mora o futon de algodão, destinado às visitas que vêm para dormir. O baú é um forte aliado de quem precisa de espaço para guardar itens, porém tende a juntar pó. Então, força no aspirador! Aos pés da cama, o vão sob a bancada acolhe duas caixas polivalentes, que receberam rodízios (Leo Madeiras, R$ 6,50 cada) para que pudessem deslizar pelo quarto.
  
 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário